TODOS UM DIA VÃO VOLTAR PARA DEUS
Existem dores que a gente só entende depois que elas passaram. Às vezes, você só entende a vida, depois que um dos filhos se foi. E fica doendo. Depois vai um amigo; você ainda tem alguns na terra, depois vai aquela tia, depois sem você esperar, vai a mãe, vai o pai. Ninguém quer ir, […]
Existem dores que a gente só entende depois que elas passaram. Às vezes, você só entende a vida, depois que um dos filhos se foi. E fica doendo. Depois vai um amigo; você ainda tem alguns na terra, depois vai aquela tia, depois sem você esperar, vai a mãe, vai o pai. Ninguém quer ir, mas acontece, e você briga com
Deus, porque ninguém quer que as pessoas voltem pra Ele, querem que elas fiquem ainda, mas elas voltam.
De repente vai aquele musico famoso, vai o papa, vai o presidente, vai o artista. E a gente começa a olhar mais para cima do que para baixo, porque é onde que estão a maioria dos amigos. A maioria já foi. De repente vai mais um e você fica. E você fica se perguntando que sentido tem a vida.
É, você ficou olhando demais para quem foi, e não ficou olhando para onde ele foi. Eles já sabem porque se foram; a gente é que não entende.
Aí Deus manda um último aviso, daqui mais um pouco vai você. E a pergunta é: o que você vai fazer com esta vida? Amarrada por um fio e você não sabe quanto tempo ela vai durar! Um dia você vai morrer e talvez você nem goste ouvir falar de morte, mas um dia vai ter que pensar nela.
Porque depois dos 50 a maioria das pessoas tem apenas 20 ou 30 anos para viver.
Morrer todo mundo morre. Só que todos nós temos a ilusão de que vai ser mais tarde.
E se Deus chegasse a você e dissesse, vai ser no mês que vem, semana que vem, daqui a três dias. Se você soubesse quando seria mudaria o comportamento? Se pudesse ver Deus o que você diria para Ele?
Um dia você vai morrer. Fale com Ele a esse respeito.
Pe. Zezinho, faz uma belíssima reflexão a esse respeito: Pensemos na morte de uma maneira diferente, pensemos que estamos voltando para Deus. Quando o outro morre, parte do mistério da vida vai com ele. E quando alguém que era a razão, ou uma das razões nossa vida vai-se embora, ficam as perguntas: para onde? Para quem? Está me ouvindo? A gente vai se ver de novo? Como será o reencontro? Acabou-se para sempre, ou ela apenas foi antes? Por que agora? Por que dói desse jeito? As perguntas insistem em aparecer e as respostas não parecem claras.
Eu mesmo sem entender direito a morte, aposto na fé!
Um dia nos veremos de novo. Enquanto este dia não vem, quem eu amo, que se foi, me vê, me ouve e ora por mim, lá junto de Deus. Para ela a vida agora tem outra dimensão. Alcançou o definitivo.
A nossa vez também chegará e, quando isso acontecer, então não haverá mais lágrimas. As lágrimas que aqui foram choradas terão sua explicação. Por enquanto, fica apenas o mistério.
Quem ama de verdade não crê que se acabou. A vida é uma só, começa aqui no tempo e continua, depois, na ausência de tempo e de limite. Alguém a quem amamos tornou-se eterno. E essa pessoa já sabe como Deus é. E também sabe o porque da sua partida. Definitivamente, não estamos sozinhos, por mais que doa a solidão de havê-la perdido. Mas é apenas por pouco tempo. Quem amou aqui, sem dúvida, se reencontra no infinito.
Pe. Umberto Laércio Bastos de Souza
– Reitor do Santuário de Santo Expedito –
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